A História do Maestro Roberto Farias na Banda Sinfônica de Cubatão



A Banda Sinfônica surgiu de um trabalho musical bem feito desde a década de 70. A idéia foi do maestro Roberto Farias Leite e Silva. Na época, o maestro, então estudante de uma escola pública da cidade, a Afonso Schimidt, descobriu alguns instrumentos musicais abandonados em uma sala do colégio. Autorizado pela direção, criou a Banda Municipal Afonso Schimidt. Isso no dia 4 de abril de 1970. A primeira apresentação pública aconteceu em 30 de maio daquele mesmo ano, no lançamento da campanha pró-construção do Hospital de Cubatão. Aos poucos, o grupo foi crescendo. Houve a adesão de músicos mirins de uma banda que estava sendo desativada na Refinaria Petrobrás de Cubatão. Durante 2 anos e meio, funcionou com recursos dos próprios participantes, mas mesmo assim, competia e se apresentava em campeonatos Brasil a fora. O grupo tinha presença confirmada em praticamente todas as festas cívicas da cidade. Os músicos estiveram, por exemplo, na inauguração da segunda ponte sobre o Rio Cubatão em 1970, No desfile em comemoração ao Boqueirão, em Santos, no ano de 71. Em 1972, a Banda começou a receber patrocínio e aos poucos foi modificando o aspectos das apresentações, com novos instrumentos. Em 74 foi criado um uniforme especial tanto para os músicos como para as integrantes da linha de frente. O modelo foi inspirado na guarda republicana francesa com as cores azul, vermelha e branca, mantida até os dias de hoje. A participaçao em espetáculos e cerimônias oficiais se tornou cada vez mais constatne. A Banda fez parte da comitiva municipal na cidade de Taquaritinga, interior de São Paulo em 72, e recepcionou o embaixador português em 1973. As vitórias em campeonatos nacionais e estaduais também começaram a se tonar uma constante. A qualidade da música aprsentada era inquestionável. O primeiro reconhecimento veio em 1974 quando a Banda foi campeã absoluta do Concurso Colegial de Bandas e Fanfarras de Santos. Na seqüência,a vitória foi no Campeonato da mesma modalidade em Pinheiros, SP e depois, campeã absoluta do litoral sul em 1975. A musicalidade foi se aperfeiçoando ao longo do tempo. Do repertório inspirado na Banda Marcial Britânica, foram adequando marchas patrióticas, músicas populares nacionais e internacionais, até chegar às canções universais de grandes compositores e trilhas sonoras de filmes. No dia 20 de setembro de 1977 o então prefeito Frederico Soares Campos criou a oficialmente a Banda Sinfônica de Cubatão por meio da lei municipal 1102. Os músicos passaram a ser contratados pela Prefeitura para participar da Banda. O maestro Roberto Farias desenvolveu um trabalho pioneiro à frente do grupo que hoje, é referência nacional. Entre 92 e 96, sob a batuta do maestro Alexandre Felipe Gomes, o grupo foi pentacampeão estadual do concurso de bandas e fanfarras e pentacampeão nacional. A Banda acabou se tornando “hors concours”, ou seja, quando se atinge o nível máximo na performance e não se pode mais competir pelo alto nível alcançado. Em 1999 mais um desafio: os músicos voaram alto e embarcaram para a Europa onde realizaram uma turnê de 12 dias. As apresentações foram na Áustria e Portugal. Já em 2001, Roberto Farias regeu novamente a sinfônica que deu vida à uma obra inédita do maestro, batizada como “Fantasia Sinfônica Cubatão 2001”. Pelo menos 200 artistas traduziram em música, uma história que começa com o sonho de uma cidade perfeita, onde há riqueza, abundância, harmonia entre os homens e integração com a natureza. Na sequência, em 2002, uma presença especial: o maestro húngaro Laszlo Marosi regeu a Banda Sinfônica em uma apresentação especial. Neste mesmo ano, assumiu como regente da Banda, o maestro Marcos Sadao Shirakawa. Uma história de sucesso. comprometimento, competência, empenho e paixão de todos os profissionais da Banda Sinfônica de Cubatão, uma das pioneiras e mais importantes do Brasil.